Obediência

* Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência uma lei.

* Isso reforça o ensinamento de Jesus quanto à Lei de Amor e caridade.
* nos é ainda necessário os bens da terra para vivermos na terra, mas nos é necessário dar a
importância devida a eles, não nos esquecendo, pois, da importância primordial dos bens do céu.
* nessa questão nos entra, então, a vivência da benevolência, da afabilidade, da doçura, da
paciência, da obediência, da resignação contrapondo-nos à cólera e à violência.
* vemos no mundo material a lei do mais forte em termos de ações é que predomina, efetivando a
exploração dos mais fracos. Onde muitas vezes aquele que demonstra ser pacifico acaba sendo
esmagado pelo violento. E é o alerta quanto a tal situação que Jesus nos asseverou essa bemaventurança.
* Ser afável e doce, predispõe a ser benevolente, educado, cortês, gentil. Mas os Espíritos Amigos
nos alertam que tais ações muitas vezes o são apenas de forma exterior. No entanto, o sentimento
interior que torna automática as ações é o que realmente tem validade, pois é o sentimento existente
e real que irá tornar alguém verdadeiro em quaisquer circunstâncias: esteja sozinho, esteja em casa
na convivência familiar, esteja em sociedade, na convivência coletiva.
Quantas vezes nós mesmos convivemos com situações de aparente afabilidade e doçura, não
é? Muitas vezes verificamos pessoas cujas situações momentâneas são doces, cordiais, gentis e
quando viram as costas a língua ferina, orgulhosa, crítica condena, fala mal, detona a pessoa e a
situação vivida? Quantas pessoas cordiais que convivem de forma servil e doce no trabalho, na
Casa Espírita, em templos religiosos, na sociedade, mas ao chegar em casa se torna o tirano, o
autoritário, o sabe tudo, o cala a boca todos que quem manda sou eu, façam o que eu quero e ponto
final? Situações assim demonstram a falsa afabilidade, falsa doçura, falso sentimento, que os
espíritos amigos combatem aqui, nos alertando que é necessário o sentimento real, vivido e sentido
intimamente, que nos dará a coerência da convivência conosco mesmo e com todos ao nosso redor
sempre no mesmo patamar sem discrepâncias.
* Além disso, vem a paciência. Ah! A tal da paciência... O Evangelho Segundo o Espiritismo, um
Espírito amigo, em Havre, 1862 nos esclarece que "a dor é uma benção que Deus envia aos seus
eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo
poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória do céu.
* Sede pacientes, pois a paciência é também caridade e deveis praticar a lei da caridade, ensinada
por Cristo e enviada por Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil
de todas. Mas há uma bem mais penosa, e consequentemente bem mais meritória, que é a de
perdoar os que Deus colocou em nosso caminho, para serem os instrumentos de nossos
sofrimentos e submeterem à prova a nossa paciência."
* A Paciência é uma das virtudes mais difíceis de serem alcançadas. Ela consiste em
suportar dores, infortúnios, infelicidades, insatisfações, com resignação.
* a paciência é um subgrupo da caridade, que de todas é a mais dignificante das leis a serem
cumpridas.
* Não podemos jamais nos esquecer que a Caridade é sempre uma bênção de Deus mas jamais
devemos nos ater de que o exercício desta virtude se restringe ao agasalho e ao pão que
distribuamos. Podemos entender a caridade como todo ato a serviço dos outros, em qualquer parte,
lembrando sempre de respeitar "o que a mão esquerda não veja o que faz a direita" para que
esta caridade produza o nosso crescimento pois, não interessa a divulgação de um bom ato mas sim
a sua efetivação . A Caridade será a paciência com o parente necessitado, respeitar com a
mesma paciência as dificuldades dos vizinhos; a criança de rua, os problemas que nos visitam, as
dificuldades que enfrentamos. Tendo a certeza de que não caminhamos sós e que cada vivencia que
nos visita é a necessária ao nosso próprio crescimento espiritual
* É necessário que nos abasteçamos de muita paciência, dia a dia, minuto a minuto para sempre,
com resignação, termos um sorriso amigo, a mão estendida o coração aberto para ajudar e amar o
próximo. Ela é exercida pela compreensão, bondade, afabilidade, doçura, obediência e resignação
e sempre é tempo de se pensar em exerce-la. Este exercício deve começar em nossa própria casa,
com os que nos são próximos. No entanto, ainda estamos longe de realmente sentir e vivenciar a
paciência real.
* depois da paciência, vemos dentro dessa bem-aventurança a obediência e a resignação; que muito
confundida é com a inércia. Quando, em realidade, ser obediente e resignado pressupõe a utilização
equilibrada do sentimento e da razão. É saber vivenciar os sacrifícios, as dificuldades, sem
lamurias, mas com ações positivas e de amor. Tal como Jesus o fez. Obedeceu, resignou-se, mas
agindo, trabalhando, exercitando a Lei de Amor.
* toda essa bem-aventurança nos remete, pois, à paz. À Vivência da paz. E a paz começa em nós,
com a nossa compreensão, com os nossos sentimentos e com as nossas ações. Sem o sentimento de
paz em nós, verificamos a explosão da cólera, a cólera que atinge a nós mesmos e expande-se para o
coletivo: nossa família, nossa sociedade, nossa cidade, nosso estado, nosso país e atinge o mundo.
Eis, pois, aí, a importância dessa bem-aventurança, nos orientando e auxiliando a alcançar em nós a
mansuetude e a paz.

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